domingo, 12 de dezembro de 2010

.A SEMELHANÇA DA IGREJA EM LAODICÉIA E A IGREJA HOJE

A igreja em Laodicéia é uma das sete destinatárias das cartas que o apóstolo João escreveu, quando estava preso na Ilha de Patmos (Ap 1.9).
É bem interessante a similaridade da condição espiritual daquela igreja, com o quadro que presenciamos em alguns setores da igreja evangélica brasileira na atualidade. Vejamos:

"Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente!" (Ap 3.15)

A mornidão, o casuísmo e a indiferença por um viver cristão autêntico é percebido claramente na vida de muita gente, e das mais diversas maneiras.
No campo moral, uma vida de santidade e pureza, tem sido substituída por práticas que entristecem o Espírito e comprometem o testemunho cristão. O relativismo moral pós-moderno invadiu a atual Laodicéia (Igreja Evangélica Brasileira do início do séc. XXI). A irrelevância da castidade, a banalização do casamento, a desfiguração da família, a crise de integridade, os "conchavos" com políticos oportunistas, são alguns exemplos que podem ser citados. Escândalos se avolumam envolvendo líderes e membros de igrejas, dentro das mais tradicionais denominações, promovendo um certo descrédito nas instituições evangélicas e nos "crentes". Os princípios e referenciais bíblicos são cada vez mais abandonados, esquecidos e trocados pelas velhas idéias hedonistas, utilitaristas, pragmáticas e outras semelhantes.

O sexo entre não casados, em muitos lugares, já se tornou normal, na mesma proporção do divórcio e da infidelidade conjugal. A interação, a boa convivência e a harmonia familiar foram atingidas pela fragmentação e descaracterização do modelo familiar bíblico cristão, com os papéis e as responsabilidades de seus membros norteados.

Líderes, em períodos eletivos, negociam os votos da igreja (sem conhecimento ou aprovação da mesma). A política eclesiástica se transforma em "politicagem santa", em nada devendo ao que acontece nos ambientes políticos seculares.

No campo espiritual, o prazer de ler a Bíblia, o desejo e a prática da oração, a busca em ser cheio do Espírito, em servir mais e melhor ao Senhor, em pregar a sua palavra, em testemunhar de seu poder, é cada vez mais escasso. Uma vida devocional disciplinada é cada vez mais rara.

A Bíblia, quase que com exclusividade, é lida durante a liturgia do culto, e cada vez menos em casa. É também ensinada e estudada em salas mornas de seminários (com as devidas exceções) por professores e alunos igualmente mornos, filhos e adeptos de um academicismo improdutivo, estéril, arrogante e liberal.

A oração transformou-se numa mera lista de pedidos de bênçãos, num compromisso formal, num exercício monótono e cansativo. Tornou-se instrumento das "determinações", "exigências" e de outras malcriações dos "Filhos do Rei".

A realização do serviço cristão, pelos diversos ministérios, diminui em quantidade, qualidade e intensidade. A pregação da palavra e o testemunho bíblico cessam nas ruas, nas praças, nos hospitais, nos presídios, nas universidades e em outros espaços outrora utilizados. Em contrapartida, os púlpitos de igrejas são cada vez mais freqüentados por pregadores profissionais e animadores de auditório.

O culto doméstico, instrumento poderosíssimo de fortalecimento e crescimento espiritual, pelas mais diversas razões, cessou, foi banido e cortado dos lares cristãos.

Diante de tudo isso, se percebe a indiferença, a quietude, o silêncio, o conformismo, o pessimismo e a mornidão de muitos que caminham para a tragédia do "deixa quieto", para a calamidade do "está bom assim", para fatalidade do "tanto faz", para a morte espiritual, para a extrema e irremediável apostasia.

Ele conhece tudo prezados laodicenses

texto escrito por, ALTAIR GERMANO
 
att

Wagner Juliano Silva Veloso