O Império *Mouro foi o grande império muçulmano que conquistou o norte da África, Oriente Médio e Península Ibérica (onde hoje se localizam Portugal e Espanha), é o mesmo império que alguns muçulmanos querem refazer através do estado islâmico. Com o regime de Califado, onde um homem seria escolhido por Deus para liderar o povo muçulmano na conversão do mundo para o islamismo.
Com o declínio do Império Romano, o Califado
conseguiu uma brecha e em menos de uma década conquistou a península Ibérica
inteira. Apesar da resistência de algumas regiões que voltaram rapidamente ao
domínio Cristão, o Império Mouro permaneceu de 711 até 1452 na península, o que
nos leva a 741 anos de ocupação e também de escravidão do povo cristão, sendo
que após serem expulsos da península ibérica continuaram a escravizar
portugueses, principalmente os que moravam no litoral e eram alvos fáceis.
Muito antes ainda da escravidão negra deixasse suas
feridas profundas na História, a migração forçada de pessoas para trabalho
escravo era uma realidade que assombrava povos que, hoje, passam longe do que
poderíamos imaginar sendo explorados.
Os egípcios da Antiguidade escravizaram os judeus,
enquanto os Romanos escravizavam (Pobres, Bárbaros e Criminosos), muitas vezes
sem distinção étnica (entre os séculos I
e V, a maioria dos escravos eram nascidos na Itália). Depois da queda do Império Romano, foi mais uma
questão de cristãos contra muçulmanos:
uns escravizando os outros, de acordo com o domínio que possuíam. Não é por
acaso que muitos extremistas do Estado Islâmico defendam atualmente a
escravidão dos “infiéis”: Não
escapariam nem outros muçulmanos menos radicais.
Mas o tráfico humano da Crimeia tinha um foco diferente: a maioria dos escravos eram, pasmem, Brancos originários da Ucrânia, Polônia e sul da Rússia. Isso mesmo você não leu errado, e, dentre eles, poucos eram homens trabalhadores. As pessoas exploradas eram crianças e mulheres destinadas ao serviço doméstico – o que, com frequência, incluía exploração sexual.
O Canato da Criméia
se sustentava basicamente desse comércio, e tinha a preferência por mulheres e crianças
que tivessem uma beleza exótica e, por consequência, mais valiosa. O mercado de
lá valorizava negros da África Sub-Saariana e os povos circassianos do Cáucaso.
Porém, a variedade mais cara e lucrativa era, de longe, crianças finlandesas
entre 6 e 13 anos de idade. De preferência loiras e com olhos azuis,
essas crianças eram compradas de contrabandistas no distrito de Karelia, ao sul
da Finlândia, e revendidas por uma margem de lucro de até 133.000% no Mar
Negro.
* Mouro vem do latim Maures que significa Negro,
devido a cor da pele deles dos integrantes do Império Mouro.
Wagner Juliano Silva Veloso
Wagner Juliano Silva Veloso
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